Cinzas... Poeira que ardeu, que arrefece e que esfria...
Cinzas... Que em tênue bloco um milagre sustenta,
e o vento desmorona e rola em tropelia
Restos do que brilhou da vida na tormenta:
Cinzas... Nesse conjunto em que esta alma se espelha
vejo a ruína do fogo, a escória da centelha,
o cadáver da luz que o vento leva a esmo.
E eu, neste coração que em cinzas se esboroa,
- cinzas das ilusões - sinto levado, à toa,
o cadáver do amor que jaz dentro de mim mesmo...
*
Carlos Porto Carreiro (1865 / 1932)
Um comentário:
Olá, amei seu blog.Poemas, sempre traduzem em palavras os pensamentos aturdidos.Adorei seu post, obrigada pelo interesse no scrapbook.Você pode fazer uma aula quando quiser.
Caso ache melhor me ligar, pode pegar o telefone com o edu, terei o maior prazer em falar com você.
bjos fernanda
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