" Noturno "
Os rios da noite passam pelos desvãos do homem,
por todos os pedaços vazios da memória,
pelos olhos secos de tanta sombra.
É uma presença física
de palavras batidas de vida,
de silêncio oscilante da iminência do grito.
As árvores estão sós - o vento é morto
é preciso um avançar exato do gestos
para captar a vida sob as horas imóveis.
Um piano aberto na areia,
diante do mar e das pedras.
***
Antonio Olinto - 1919
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