14/05/2010

Noturno


" Noturno "


Os rios da noite passam pelos desvãos do homem,

por todos os pedaços vazios da memória,

pelos olhos secos de tanta sombra.



É uma presença física

de palavras batidas de vida,

de silêncio oscilante da iminência do grito.



As árvores estão sós - o vento é morto

é preciso um avançar exato do gestos

para captar a vida sob as horas imóveis.



Um piano aberto na areia,

diante do mar e das pedras.
***
Antonio Olinto - 1919

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