as folhas num desmaio embalam-se pelo ar...
- vão caindo... caindo... uma a uma, em desalento 
e uma a uma, lentamente, vão no chão pousar... 
O céu perdeu o azul - vestiu-se de cinzento 
e envolveu na neblina a luz baça do luar... 
- na alameda onde vou, de momento a momento, 
há um gemido de folha a cair e a expirar... 
O arvoredo transpira as carícias dos ninhos, 
e o vento a cirandar na curva das estradas 
eleva o folharéu no espaço em redemoinhos... 
Há um córrego a levar as folhas secas em bando...
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas,
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas,
parece que o arvoredo em coro está chorando!... 
J. G. de Araújo Jorge

Nenhum comentário:
Postar um comentário