eternamente vejo a tua imagem,
tua doce figura
tua doce figura
como uma silhueta de luz a recordas a sombra...
Se eu cerrasse os meus olhos neste instante a derradeira vez,
na última tarde da vida
Se eu cerrasse os meus olhos neste instante a derradeira vez,
na última tarde da vida
e mandassem revelar depois minhas retinas,
veriam tua imagem refletida...
Por que eu hei de levar comigo essa imagem de luz
que ilumina a minha alma triste e enche o meu pensamento
quando cerro os meus olhos e medito...
Hei de levar-te dentro dos meus olhos tristes
quando a morte os vidrar,
e eles serão talvez para a tua imagem adorada e querida
o caixão de vidro da Branca de Neve morta, entre os anões da lenda,
que moram muito longe, muito alto,
num longínquo planalto,
num bosque encantado e feliz sobre uma rocha imensa de granito...
Hei de levar-te comigo, para que possas guiar meus passos
por entre as sombras que despencarão sobre as nossas cabeças
para além do infinito!
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J.G. de Araujo Jorge
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