28/06/2010

Companhia



Afinal tenho estes versos
com quem posso conversar e falar de ti,
sem que ninguém perceba,

sem precisar partilhar-te.

Afinal, tenho a poesia, para confessar-me,
e para te encontrar nas horas
em que a solidão

me amedronta.

 

J. G. de Araújo Jorge,
do livro"A Sós..." 1a ed. - 1958

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