Soneto XXXI
Longe de ti, se escuto, porventura,
Teu nome, que uma boca indiferente
Entre outros nomes de mulher murmura,
Sobe-me o pranto aos olhos, de repente...
Tal aquele, que, mísero, a tortura
Sofre de amargo exílio, e tristemente
A linguagem natal, maviosa e pura,
Ouve falada por estranha gente...
Porque teu nome é para mim o nome
De uma pátria distante e idolatrada,
Cuja saudade ardente me consome:
E ouvi-lo é ver a eterna primavera
E a eterna luz da terra abençoada,
Onde, entre flores, teu amor me espera.
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Olavo Bilac
2 comentários:
Gosto muito do seu blog!É tão eclético e de um bom gosto ímpar...
Gosto tanto do seu blog que não deixo de dar uma passada de quando em quando! Muita delicadeza e variedade e um bom gosto invejável!
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