Cavala de flancos intensos,
patas rebeldes, sem dono nem domação,
rebentando espumas nesse galope, namora
mais do que o amor, a sorte.
Uma cavala dourada e sensual com crinas de leite,
talvez centaura:
carrega um nome então, um pensamento,
uma audácia e uma ausência.
Leva a memória, como cicatriz, de um beijo
no pescoço, a espreita e a espera:
a desabalada cavala na sua danação
e sua glória.
Lya Luft
26/07/2011
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