07/07/2011

42. Para que fiques


A certeza vela atrás de
um muro
ou dorme num poço
onde nada se escuta ou avista.

Sempre que partes, morro
um pouco
por não saber se retornas.
Minhas mãos doem de
tanto abrir-se
para que vás tranquilo.
Só assim hás de querer
estar comigo:
sem que eu insista.

(Fingir que te deixo
livre é um jeito
egoísta de te amar).

Lya Luft

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