Esta semana foi de emoções variadas, alegrias e tristezas, decepções. Mas valeu pelo belo presente que ganhei de uma amiga que é mais que uma irmã: um livro de poesias, e logo da Lya Luft. Deixo aqui uma concepção sobre poesia, e a seguir vou postar as belas poesias dessa sábia, madura e culta mulher, exemplo ímpar para muitas mulheres fúteis que encontramos pelo caminho, sem nada em suas cabecinhas ocas a não o desejo de "ter" e "aparentar ser" o que não são.
"... pois elas [as poesias], como o amor, são o sal da vida". Lya Luft
1. Dizendo Adeus
Estou sempre dando adeus:
também ao desencontro e ao
também ao desencontro e ao
desencanto.
Estou sempre me despedindo
do ponto de partida que me lança de si,
do porto de chegada que nunca é
aqui.
Estou sempre dizendo adeus:
até a Deus,
para o reencontrar em outra esquina
de adeuses.
Estarei sempre de partida,
até o momento de sermos deuses
quando me fizeres dar adeus à solidão
e à sombra.
Lya Luft,
in: Para não dizer adeus,
Rio de Janeiro: Ed. Record, 3.ed., p. 15.
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