Ronda, peixe azul, no meu aquário:
gruda em minha boca de vidr a tua boca,
que do fio de teus regiros farei asas
ou barbatans que me levem junto.
Peixe azul, dormiremos no limo
que recobre o fundo dessas águas,
onde nos chama uma sereia
com riso de anjo e olhar de louca.
Somos todos escravos, peixe azul:
tu com escamas, eu com meus poemas.
O delíro é fácil e belo o cenário,
mas a ronda, peixe azul, também traz mágoas.
Lya Luft, in: Para não dizer adeus.
11/05/2011
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