Mãos frágeis, mãos divinas, mãos pequenas,
leves, espirituais e perfumadas,
cujas unhas são pérolas morenas
nos escrínios dos dedos engastadas.
Mãos que são duas sílabas amenas
no poema dos teus braços enfeixadas;
que, estando acima das visões terrenas,
jamais serão por outras igualadas.
Mãos que ostentam, nas formas delicadas
todo o enc anto das noites enluaradas
na linda terra que te viu nascer...
E para eu ser feliz basta somentes
beijar t eus dedos demoradamente
e sob o afago dessas mãos morrer!
.
Abílio de Carvalho (Vitória, ES - 22/02/1916/Rio de Janeiro - 08/10/1977).
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