Bela Dama,
nas mãos discretas esconde
a fita, o metro, a medida
da nossa vida.
Bela Dona,
aguarda com paciência
a hora de nos botar no colo:
tudo estará consumado
nesse dia.
(Mesmo o não compreendido.)
Velhas palavras nos lábios,
nos olhos novas paisagens,
seremos poupados,
seremos absolvidos,
seremos isentados.
Mas nós nos daremos
anistia?
Lya Luft
(Quadro: Claude Monet)
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