11/11/2011

Meu céu interior


Se esses teus olhos, no meu livro, imersos,

encontrarem diversas emoções,

- não tentes decifrar... – mil corações

nós os temos num só, todos diversos...



Os meus poemas aqui, vivem dispersos,

como as estrelas... e as constelações...

- no céu das minhas íntimas visões,

no "meu céu interior..." cheio de versos.



Não procures o poeta compreender...

- Os versos que umas cousas nos desnudam,

Outras cousas, ocultam, sem querer...



Uns, são felizes... Outros, ao contrário...

- No rosário da vida, as contas mudam,

e os versos são contas de um rosário!...

 
(Poema de J. G. de Araujo Jorge, extraído do livro

"Meu Céu Interior", 1ª edição, setembro,1934.)



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