Se esses teus olhos, no meu livro, imersos,
encontrarem diversas emoções,
- não tentes decifrar... – mil corações
nós os temos num só, todos diversos...
Os meus poemas aqui, vivem dispersos,
como as estrelas... e as constelações...
- no céu das minhas íntimas visões,
no "meu céu interior..." cheio de versos.
Não procures o poeta compreender...
- Os versos que umas cousas nos desnudam,
Outras cousas, ocultam, sem querer...
Uns, são felizes... Outros, ao contrário...
- No rosário da vida, as contas mudam,
e os versos são contas de um rosário!...
(Poema de J. G. de Araujo Jorge, extraído do livro
"Meu Céu Interior", 1ª edição, setembro,1934.)
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