21/11/2011
12/11/2011
Espelhismo
Olhou numa poça d'água
e viu a mão estendida.
Alongou a própria destra,
num impulso de acolhida.
Mas a mão tocou em nada.
Era, apenas, refletida
no espelho de água parada,
a sua mão estendida.
Helena Kolody
11/11/2011
Meu céu interior
Se esses teus olhos, no meu livro, imersos,
encontrarem diversas emoções,
- não tentes decifrar... – mil corações
nós os temos num só, todos diversos...
Os meus poemas aqui, vivem dispersos,
como as estrelas... e as constelações...
- no céu das minhas íntimas visões,
no "meu céu interior..." cheio de versos.
Não procures o poeta compreender...
- Os versos que umas cousas nos desnudam,
Outras cousas, ocultam, sem querer...
Uns, são felizes... Outros, ao contrário...
- No rosário da vida, as contas mudam,
e os versos são contas de um rosário!...
(Poema de J. G. de Araujo Jorge, extraído do livro
"Meu Céu Interior", 1ª edição, setembro,1934.)
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