14/04/2011

"Mãos"


"Mãos..."


Como aves desarvoradas

Depois de roteiros vãos

Tuas mãos vieram, cansadas,

Se aninhar em minhas mãos...

Há momentos... Acontece...

Puro, o amor pode ficar,

Como duas mãos em prece,

Esquecidas, a rezar...

Quando maior é o carinho

Às vezes, tenho a impressão

De que conversam baixinho...

Tua mão... em minha mão..."

 


J. G. de Araújo Jorge (1914 / 1987),
do livro "Trevo de Quatro Versos"
1a ed. 1964
 




Nenhum comentário: