“O que eu amo em você”
O que eu amo em você -
é esse seu ar de meiguice,
esse tom de falar com tanta suavidade,
é esse olhar de carinho inundado de luz
e de felicidade...
O que eu amo em você -
são esses olhos mansos,
pedacinhos de um céu todo cheio de luar,
e as suas mãos pequenas como duas conchas
dessas que andam bordando a areia à flor do mar. . .
O que eu amo em você - é essa fragilidade
dos gestos, na inquietude viva do seu ser...
- é essa doçura meiga... esse sorriso brando
que aflora sem querer em seus lábios brincando
sem que eu possa entender...
O que eu amo em você - é essa graça tristonha
que às vezes você põe no que diz ou que faz,
a expressão indecisa e vaga de quem sonha,q
ue me prendeu quase insensivelmente
e não me solta mais...
O que eu amo em você - é essa inquieta beleza
que um momento está viva... e outro instante nublada...
É esse orgulho sutil que a torna ainda mais linda,
é tudo isso afinal, e é muito mais ainda
porque não disse nada...
O que eu amo em você - é essa facilidade
de me contrariar, de fazer quase sempre
aquilo que não quero e que você deseja
sem me magoar sequer,
- é essa maneira sua de pedir, graciosa,é esse poder estranho
- essa atração estranha
de saber ser bonita... e saber ser mulher !”
Poema de J. G. de Araújo Jorge, do livro"Bazar de Ritmos", 1a edição, 1935.
O que eu amo em você -
é esse seu ar de meiguice,
esse tom de falar com tanta suavidade,
é esse olhar de carinho inundado de luz
e de felicidade...
O que eu amo em você -
são esses olhos mansos,
pedacinhos de um céu todo cheio de luar,
e as suas mãos pequenas como duas conchas
dessas que andam bordando a areia à flor do mar. . .
O que eu amo em você - é essa fragilidade
dos gestos, na inquietude viva do seu ser...
- é essa doçura meiga... esse sorriso brando
que aflora sem querer em seus lábios brincando
sem que eu possa entender...
O que eu amo em você - é essa graça tristonha
que às vezes você põe no que diz ou que faz,
a expressão indecisa e vaga de quem sonha,q
ue me prendeu quase insensivelmente
e não me solta mais...
O que eu amo em você - é essa inquieta beleza
que um momento está viva... e outro instante nublada...
É esse orgulho sutil que a torna ainda mais linda,
é tudo isso afinal, e é muito mais ainda
porque não disse nada...
O que eu amo em você - é essa facilidade
de me contrariar, de fazer quase sempre
aquilo que não quero e que você deseja
sem me magoar sequer,
- é essa maneira sua de pedir, graciosa,é esse poder estranho
- essa atração estranha
de saber ser bonita... e saber ser mulher !”
Poema de J. G. de Araújo Jorge, do livro"Bazar de Ritmos", 1a edição, 1935.
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